Resumo pré – prova mestrado – parte 2

  • Como mencionado anteriormente, vamos dar continuidade a série de resumos que elaborei para a seleção do PPGS/UFRGS. Vamos ao resumo.

 

Livro: História das idéias sociológicas – das origens a Max Weber. ( pág. 66 -71)

 

Título: Liberalismo, individualismo e democracia

 

Estes conceitos são trabalhados, neste livro, com autores franceses, ou seja, é uma corrente de pensamento francês.

 

 

O Liberalismo: “ […] é uma doutrina globalizante que exalta os direitos do homem como indivíduo.” Para Benjamin Constant (1767 – 1830), a liberdade dos gregos repousava sobre “[…] a participação coletiva nos assuntos públicos”. Enquanto que a liberdade dos modernos seria “ […] aquela que dá livre curso aos pólos de interesses pessoais”; esses interesses são múltiplos, ou seja, podem ser religiosos, industriais, liberdade de opinião, etc… Para este autor o Estado deve “ […] garantir o usufruto dos direitos individuais”.

 

Alexis Tocqueville (1805 – 1859)  pode ser incluído na corrente individualista, mas, também, escreve sobre a democracia, que segundo ele lutaria em vão. Ele coloca que este movimento histórico, a democracia, como sendo um movimento que “ […] produz a igualdade das condições no seio da sociedade”.

 

Democracia: nela os “ […] seres humanos estão inseridos em um sistema onde a mobilidade social permite a todos terem acesso a qualquer posição ou qualquer grau” social, econômico e coisa que o valha. A sua base é o princípio de igualdade. Para Tocqueville esse sistema PODE cair/ desfazer/ acabar com a centralização ou, então, “ […] degenerar em despotismo”.

 

Entretanto, a paixão pela igualdade pode ter um custo muito elevado. Este custo refere-se ao risco de haver uma privação da liberdade. Então, o que sugere Tocqueville é  para que se instaure uma verdadeira democracia livre se “ […] estabeleça um poder judiciário ‘forte e independente’ e se promova, à semelhança do modelo americano, tanto associações como a descentralização política”.

 

 

Continuar lendo

Resumo pré prova do mestrado – parte 1

  • Como eu havia mencionado no post anterior, vamos dar início a série de resumos que elaborei para a seleção do PPGS/UFRGS. Vamos ao resumo.

Livro: História das idéias sociológicas – das origens a Max Weber. ( p. 62 – 67)

Título: “Revolução e Ordem Social

Do ponto de vista sociólogo só vai se consolidar realmente na confluência das mudanças decisivas do final do século XVIII e na conjuntura do século XIX. O que marca, duramente, o nascedouro da sociologia são os novos esquemas de análise da química e biologia.

Duas “mutações” desempenharam o papel decisivo na constituição da sociologia. São elas: as revoluções políticas e as revoluções indústrias. ( aqui é importante relembrar os papéis das revoluções que ocorreram nas Europa nestes séculos acima citados. Principalmente a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, com a ascensão do capitalismo sobre o Feudalismo).

O principal papel que a Revolução Francesa causa ao surgimento da sociologia, é que a mesma embasa a fonte quase inesgotável de reflexão. Tal reflexão refere-se a aquelas pessoas que se debruçam sobre as questões em nível social -podesse afirmar que seriam os primeiros sociólogos, como Tocqueville e Comte.
 O Ponto de vista Reacionário sobre a Revolução Francesa

As opiniões convergem no intuito de denunciar a ruptura política que ocorreu em 1789. Assim como, a ruptura no plano econômico, com a imposição de uma nova ordem do mercado. Isto causou um choque ou um traumatismo. E foi devido a isso que será provocado o eco de tradição sociológico, que é a diluição dos vínculos sociais, além das instituições.

Da linhagem dos teóricos anti-revolucionários e anti individualistas, estão Maistre e Bonald.

Maistre, nobre francês, afirmará que a natureza do ser humano é ser sociável. Contudo a Revolução e a Era das Luzes, considerada isto ao contrário, ou seja, o homem é abstrato, separado de todo vínculo social. Em resumo, para Maistre o fundamento e a estabilidade de uma sociedade repousam não sobre a ação da razão, mas sobre a tradição, não sobre o indivíduo, mas sobre a comunidade. 

Já para o Visconde Bonald, colocará que o indivíduo só existe por estar firmemente inserido em uma rede complexa (grupos profissionais, família, nação) que lhe dá o existir como ser social. Notou-se que, para ambos, existe a explicação para a crise da tradição e da Igreja; que é o desenvolvimento do espírito crítico e a difusão do protestantismo ( ao qual se associa a doutrina do livre exame)


Nota: o que está em itálico, além dos títulos, são passagens exatas do livro. Não são minhas palavras. Espero q gostem deste primeiro resumo.

Redes de indignação e esperança – movimentos sociais da era da internet.

Este texto refere-se a um fichamento produzido por mim do livro de Manuel Castells, capitulo 6: A transformação do mundo na sociedade em rede. Espero que gostem.

O autor começa dizendo que os movimentos sociais são a alavanca para mudança social, e geralmente, são oriundos de uma crise. Crise de legitimidade dos governantes de conduzir assuntos públicos leva as pessoas a tomar as coisas em suas próprias mãos, envolvendo ações coletivas para no final mudar os governantes e até as regras que moldam a origem da crise, entretanto Castells considera esse comportamento arriscado. Mudança social: envolve uma ação coletiva e/ou individual que é emocionalmente motivada. Seis emoções básicas: medo, aversão, surpresa, tristeza, felicidade e raiva. O gatilho para a mudança social é a raiva e o opressor o medo.

Movimentos Sociais

Movimentos sociais: Não nascem, necessariamente, da pobreza ou do descontentamento político. Os movimentos sociais, que o autor vai estudar, estão baseados na era da internet e apresentam sete características comuns:

  1. São conectados em rede de múltiplas formas – O uso de comunicação é essencial. Formam-se redes dentro do movimento, com outros movimentos do mundo todo, com a blogosfera da internet. Tem sua existência continua no espaço livre da internet, e tendem a tornar-se um movimento hibrido ao ocupar espaços urbanos, gerando um terceiro espaço, que é o da autonomia. Castells refere-se a este espaço pela capacidade de se organizarem, as pessoas, no espaço livre das redes de comunicação, sendo este local uma nova forma dos movimentos sociais em rede. Ele enfatiza isto devido ao fato que os movimentos em rede não precisarem de uma liderança formal, diferentemente dos movimentos organizados por sindicatos, partidos entre outas organizações.
  2. Os movimentos são simultaneamente locais e globais – Começam em contextos específicos, entretanto são globais. Eles tem a sua própria forma de lidar com o tempo, o que Castells chamará de o tempo atemporal, que dividem-se em dois tipos de experiência:
    1. Vivem um dia após o outro (vivem o momento, a experiência real)
    2. Veem um horizonte de possibilidades ilimitado (projetam seu tempo num futuro do processo de construção histórica, a “utopia”).

Para o autor é um tempo emergente, alternativo, constituído de um hibrido do agora com o para sempre. Gênese dos movimentos: são espontâneos em sua origem, geralmente desencadeados por uma centelha de indignação. Castells destaca o poder das imagens, que é soberano, considerando o YouTube como uma das mais poderosas ferramentas de mobilização nos estágios iniciais do movimento.

Occupy Wall ST

3. Os movimentos são virais – Segue a lógica das redes da internet.

4.  A passagem da indignação à esperança realiza-se por deliberação no espaço da              autonomia – A tomada de decisão em geral é feita através de assembleias, porque            trata-se de um movimento sem liderança devido a desconfiança e descredito da                maioria dos participantes a qualquer forma de delegação de poder. As redes criam o        companheirismo, porque é através dele que as pessoas superam o medo e                        descobrem a esperança.

  5.  A horizontalidade das redes favorece a cooperação e a solidariedade, ao mesmo              tempo que reduz a necessidade de liderança – O movimento produz seus próprios            antídotos contra a disseminação dos valores sociais que deseja combater.

 6. São movimentos profundamente autorreflexivos – Questionam-se permanentemente        como movimento. Principal tema de debate: questão da violência. Em principio não          são violentos, porque na sua origem está a desobediência civil, pacífica. O objetivo          de      todos os movimentos é manifestar-se em nome da sociedade como um todo,      é fundamental eles sustentarem sua legitimação pela justaposição de seu caráter              pacífico à violência do sistema, usam a imagem da violência policial para ampliarem a      simpatia dos cidadãos pelo movimento.

Repressão policial

7.  Esses movimentos raramente são programáticos – Exceto quando pretendem derrubar um regime ditatorial. Estes movimentos sociais em rede não concentram-se num só projeto ou tarefa, assim como não podem ser canalizados por uma ação politica, logo, dificilmente serão cooptados por partidos políticos, embora estes possam lucrar  com a mudança  de percepção que os movimentos provocam na opinião pública. Assim os movimentos sociais são voltados para a mudança dos valores da sociedade. Castells coloca que estes movimentos são muito políticos num sentido fundamental que é quando propõem e praticam a democracia deliberativa direta, baseado na democracia em rede. Estes movimentos também propõem uma nova utopia no cerne da cultura, que é a autonomia do sujeito em relação às instituições da sociedade.

Castells coloca que os movimentos sociais surgem da contradição  e dos conflitos de sociedades especificas, e expressam as revoltas e os projetos das pessoas resultante de sua experiência multidimensional, e que os movimentos sociais em nossa época são fundamentados na internet. O papel da internet vai ultrapassar a instrumentalidade, porque ela cria condições para uma forma de prática comum que permite a um movimento sem lideranças sobreviver, deliberar, coordenar e expandir-se.

Os movimentos sociais são distintos de movimentos de protestos.

Eles são movimentos essencialmente culturais, que conectam as demandas de hoje com  os projetos de amanhã. Nos bastidores do processo de mudança social está a transformação cultural da sociedade, porque, segundo Castells, há uma emergência de um novo conjunto de valores definidos como individualização e autonomia.

  • Individualização: é a tendência cultural que enfatiza os projetos de individuo como supremo princípio orientador de seu comportamento;
  • Autonomia: refere-se à capacidade de um ator social tornar-se sujeito ao definir sua ação em torno de projetos elaborados independentemente das instituições da sociedade.

Transição da individualidade para a autonomia opera-se por meio da constituição de redes que permitem aos atores individuais construírem sua autonomia com pessoas de posição semelhante nas redes de sua escolha.

A tecnologia da internet incorpora a cultura da liberdade. Esta cultura no plano societal e da individuação e autonomia no plano dos atores sociais estimulam, simultaneamente, as redes da internet e os movimentos sociais em rede. E, por fim, Castells coloca que o verdadeiro objetivo é aumentar a consciência dos cidadãos em geral, qualifica-los para participação nos próprios movimentos e num amplo processo de deliberação sobre suas vidas e seu país, e confiar em sua capacidade de tomar suas próprias decisões em relação à classe politica. Porque a verdadeira batalha pela mudança social é decidida na mente das pessoas, e nesse sentido os movimentos sociais em rede têm feito grande progresso no plano internacional.

Internet

Vírus I Love You

i love you

 

Hoje, dia 4 de maio, mas há 13 anos atras, estava circulando pela Internet o vírus, considerado o mais devastador que se tem notícias. O nome do vírus: I Love You. Este vírus é tido como o mais poderoso que surgiu na história, não necessariamente pelo dano que ele causava, mas pela velocidade que ele se espalhava.

Vamos a história deste vírus:

Em 4 de maio de 2000 as redes de computadores em todo o mundo foram invadidas pelo VBS/LoveLetter, o vírus que detém até hoje o título de invasor de propagação mais rápida. Em questão de horas, o I Love You, como o vírus ficou conhecido, infectou mais de 3 milhões de máquinas. O LoveLetter foi um dos precursores do que hoje se chama “engenharia social”. Ele chegava numa mensagem na qual tanto o assunto (“ILoveYou”) como o arquivo anexo (Love-Letter-For-You.txt.vbs) apelavam para a curiosidade do destinatário. Para desarmar ainda mais as defesas da vítima, o e-mail vinha quase sempre em nome de um amigo ou conhecido.

Outro ponto importante: a extensão VBS do anexo fica oculta em boa parte das máquinas Windows. Assim, o arquivo parece apenas um inocente TXT. Além disso, o programa também tinha a capacidade de se propagar através de canais de bate-papo. Em pouco tempo, pipocaram mais de 3 dezenas de variantes do vírus. Elas diferiam da versão original apenas no texto das mensagens ou no nome do arquivo anexo. Tudo isso, mais a capacidade de utilizar o mecanismo de envio do Outlook, permitiu ao LoveLetter atingir uma velocidade jamais vista.

Embora não tivesse carga destrutiva, o LoveLetter causou profundos estragos ao produzir uma inédita enxurrada de e-mails que congestionou servidores ao redor do mundo. Causando prejuízos de bilhões de dólares em empresas por todo o mundo. De acordo com a empresa de consultoria Computer Economics, as perdas ficaram em torno de 10 milhões de euros. Nem mesmo os vírus “Code Red” e “Sircam”, que em 2001 causaram um prejuízo de 2,9 milhões e 1,3 milhão de euros, respectivamente, superaram este vírus que certamente entrou para a história como mais devastador da rede mundial de computadores.

Criador do vírus

O vírus foi criado por um universitário filipino chamado Onel de Guzman, que tinha feito o script malicioso para um trabalho da faculdade que fora rejeitado. Guzman, então, decidiu soltar a mensagem com vírus no dia 4 de maio, um dia antes de sua formatura.Devido à falta de legislação que envolvesse crimes digitais, o estudante filipino foi absolvido, pois o Departamento de Justiça do país não encontrou provas.

Projeto

Nossa, faz quase um ano que não escrevo neste blog. Os motivos são vários! Esse ano será difícil para mim, pois começaram as disciplinas mais difíceis do meu curso. Primeiro epistemologia, estudo do conhecimento. E agora Introdução a pesquisa. Meu projeto em introdução a pesquisa vai ser sobre o uso da Internet como meio de mobilização social. Porque essa temática? Porque é algo que vem chamando-me a atenção e é o único tema que eu me interesso atualmente. Quando estiver pronta a primeira fase do projeto eu posto aqui e quero comentário.

Vou postar agora o vídeo de epistemologia, que resume apenas um pequeno resumo de um recorte que fizemos sobre uma temática desta disciplina. Não se preocupem se não entenderem nada.

 

Primeira transmissão de TV

26 de janeiro de 1926 – Grã Bretanha

TVs

Hoje aconteceu a primeira demonstração publica da televisão, o inventor deste aparelho é o engenheiro escocês John Logie Baird. Neste dia ele fez q primeira demonstração publica da transmissão ao vivo de imagens em movimento em seu laboratório, na Frith Street, em Londres, para uma platéia de cientistas e um repórter do Times. Entretanto este não fora a sua primeira televisão, mas sim um aperfeiçoamento da primeira que ele havia construído com uma chapeleira, tesouras, agulhas de tricô, faróis de bicicleta, um engradado de chá e grande quantidade de cera de lacre e cola. Nasceu ai a nossa grande difusora de pensamento alienado e formadora de opinião publica, que a principio era um meio de entretimento, mas após verem a sua vantagem para fazer o individuo não pensar, tornou-se alvo de criticas pelos meios mais intelectuais. A televisão no Brasil começou em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi, lógico que as primeiras TVs foram importadas e só os meios mais abastecidos de dinheiro poderiam ter um aparelho destes, sendo hoje a TV tão popular (ou seria essencial?) quando uma geladeira ou fogão.

Dominação Burocrática

Trabalho de sociologia, o ultimo do semestre \o/

Dominação e suas faces.

Meu grupo é o segundo a apresentar o trabalho no dia 12 de julho de 2010, e o tema de nosso trabalho foi: Estudos Sobre a Dominação Burocrática na Atualidade. Nós nos dividimos e fomos pesquisar em diversas áreas econômicas. Nesta folha irá constar o meu objeto de pesquisa e mais alguns fatos que observei no relato de meus colegas. Meu objeto de pesquisa foi uma rede de lojas localizada no centro de Porto Alegre e que vende quase tudo, menos alimentos básicos como arroz, feijão, carne e pão.

Quando fui fazer a pesquisa, fui com um pré-conceito formado. Este pré-conceito seria de que os funcionários seriam oprimidos e/ou temiam seu chefe, haveria então uma hierarquia rígida, entre outras coisas, todavia não foi assim. Max Weber diz que a dominação está ligada a submissão total ou parcial de um grupo de pessoas a outra, ao qual é designada o cargo de chefe ou gerente ou outra dominação dependendo do setor econômico ou administrativo. Existe então uma relação de dominantes e dominados, onde existe uma subordinação dos inferiores aos superiores devido à hierarquização dos cargos/funções administrativas, onde também existe um direito de queixa regulamentado e a base do funcionamento seria a disciplina do trabalho.

Isso que acabei de descrever foi o meu pré-conceito que eu levei comigo para o campo de observação. Achei que haveria uma opressão escancarada, mas não havia, e também de que não me receberiam bem, todavia foi o contrario. Não tive problemas para aplicar um questionário e fui muito bem recebida pelo gerente, que me deixou andar livremente pela loja, além de que se eu precisasse de mais dados, as portas da loja estariam abertas para mim. Os funcionários não se queixaram do gerente, nem do serviço. Tanto no serviço quanto na saída dele não houve queixas, mas sim dos colegas que exerciam, conforme minha conclusão com base nas respostas, uma cobrança fora de medida pelo trabalho desempenhado dentro da loja, havia uma disputa por ascensão de cargos que ficou clara. Não vi uma dominação escancarada, mas sim sutil. Sutil no sentido das normas da empresa e que se algum funcionário não as respeita ou cumpre, logo este funcionário é plausível de ser demitido. É como Weber diz: “a dominação costuma apoiar-se internamente em bases jurídicas, nas quais se funda a sua ‘legitimidade’, e o abalo dessa crença na legitimidade costuma acarretar conseqüências de grande alcance.”.

Nessa loja havia as regras e elas deveriam ser cumpridas. Existia uma hierarquia, mas com possibilidades de ascensão, além de que o gerente era acessível aos trabalhadores dessa loja. Conclui que a dominação burocrática é presente em nosso cotidiano, mas tem as suas faces, como uma colega minha na apresentação que falou que os funcionários agiam de uma forma perto do supervisor e de outra forma sem a presença dele devido à opressão que este exercia sobre eles. Existe então uma opressão/dominação por parte dos chefes e também de colegas de trabalho, depende da sua legitimação e regras do ramo que o trabalhador exerce.

Bibliografia: Weber, Max. “Os três tipos puros de dominação legítima”

Primeira Lição, Auguste Comte

Auguste Comte

Pintura de Auguste Comte

Micro resumo meu sobre esta obra do Comte, pai do positivismo e da sociologia. ( Se falei alguma coisa errada, me corrijam, oks?!?! )

No curso da filosofia positiva, Auguste Comte cria uma nova ciência: a sociologia. Que é a mais complexa das ciências. A sociologia é a ciência do entendimento, que busca resolver a crise do mundo moderno. Tentara fornecer um sistema de idéias cientificas que presidira a reorganização social. A ciência não pretende atingir as causas, sejam iniciais ou finais, mas sim analisar a produção de um determinado fenômeno e tentar vincular um fenômeno ao outro, devido a similaridade e sucessão. Também vai se limitar a constatar a ordem que reina no mundo, explorar os recursos que a natureza nos oferece e procurar verdades que não possam ser duvidadas, pois o homem foi feito para crer e não para duvidar. O objeto de estudo do Comte, creio eu, é a historia da espécie humana; e seu ponto de referencia será a humanidade.

Para se explicar a filosofia contiana é indispensável passar por três estágios do conhecimento humano, que são o estagio teológico/ místico, o metafísico/ abstrato e o positivo/ científico. O estagio teológico/ místico é o ponto de partido necessário para a inteligência humana, pois o homem, sem ele, encontrava-se em um estado vicioso ( sem razão) e a teologia funciona como uma “porta”, uma luz para sair deste estado. No estagio teológico atribui-se força ao sobrenatural, ação direta e continua de agentes sobrenaturais, explicação das anomalias esta no místico. O estado metafísico/ abstrato funciona como um estado de transição, nada mais que isso, segundo Comte. É totalmente diferente do primeiro estagio, teológico. Os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas, a maior delas é a natureza. Cada fenômeno é explicado por uma entidade. O ultimo estagio é o positivo/ científico que é o estagio fixo e definitivo, ainda a ser alcançado. É onde o espírito humano renuncia a procura pela origem e o destino do universo. Reconhece a impossibilidade de obter noções absolutas. É onde passa-se a observar os fenômenos e tentar estabelecer relações que possam haver entre eles. Não se pode pular os estágios, pois o espírito humano se desenvolve nos três estágios, caso houvesse um mudança brusca de um estagio para o outro o homem não entenderia, não iria acompanhar a mudança, para isso existe o estagio metafísico.

Para Comte a filosofia deve ser entendida como um todo, não aos pedaços. Ele teme que o espírito humano se perca com trabalhos menores e que nisso os homens esqueçam dos do grande trabalho da filosofia positiva, é aonde acontece o ataque dos metafísicos e teólogos. O que falta para a implantação da filosofia positivista é o caráter universal, só então ela se tornaria superior a filosofia teológica e metafísica, e estas duas passariam a ter um caráter histórico. Mas a lacuna básica para o começo da implantação da filosofia positivista são os fenômenos sociais.

A filosofia positivista advém do conhecimento cumulativo. É um estudo da generalidade, todavia os estudiosos devem dividir o trabalho intelectual afim de aperfeiçoar cada vez mais, isto é um atributo da filosofia positivista. Primeiramente deve-se descobrir as relações dos fenômenos e  seus encadeamentos, se possível, resumir todos os seus princípios num menor numero de princípios comuns. Outros grupos de cientistas devem “retificar seus resultados, estados de coisas que os cientistas atuais se aproximam cada vez mais”.

Existem quatro propriedades fundamentais da filosofia positivista. A primeira é através da observação dos fatos que pode-se atingir o conhecimento das leis lógicas. Duas espécies de observações, interior: destinada aos estudos dos fenômenos intelectuais, e exterior: que pelo que entendi seriam o resto. É o verdadeiro meio racional de por em evidência as lógicas do espírito humano, através da estática e da dinâmica. A estática seria apta a agir, determinação das condições orgânicas de que dependem, seria anatômica e fisiologicamente. A dinâmica seria agindo efetivamente, estudar a marcha efetiva do espírito humano em exercício, o acumulo de conhecimento que é o objeto geral da filosofia positiva. A segunda seria a reforma do ensino nas escolas. Passar do ensino teológico, metafísico e literário para o ensino positivo adaptado as necessidades da civilização moderna, da sua época, pois a educação por matéria não permite o conhecimento da generalidade. Logo seria uma nova educação que, para Comte, seria verdadeiramente racional, seria uma generalidade cientifica. A terceira propriedade esta ligada com a segunda, pois seria o progresso particular das diversas ciências positivas, importância especial desta filosofia nas soluções de questões de outras áreas, ou seja, uma combinação de varias ciências, pois para se resolver um problema é necessário unir varias áreas do conhecimento logo é um ideal positivista. E a ultima propriedade é que só a filosofia positivista pode dar a base para a reorganização social, terminar com o estado de crise. Só que falta a filosofia o incremento dos fenômenos sociais e também falta uma qualidade que é o caráter de generalidade conveniente.

A morte

Sepultura

Destino de todos os seres vivente, mas sempre um tabu a ser tratado. Dependendo da cultura os rituais fúnebres são diferentes e ate a própria cultura, em relação de como as pessoas encaram a morte. Na cultura ocidental, o choro, a sensação de perda, na cultura oriental o “riso’’, pois aquela pessoa cumpriu seu papel. Qual a melhor para se encarar a morte? Nenhuma, pois por mais que varie a forma como ela é tratada, a morte, o assunto sobre a morte, é um tabu”.

É apenas um ensaio meu sobre esse assunto, que muitos não gostariam de tratar. Varias maneiras de se chegar ate ela. Suicídio, acidente, velhice, etc… mas todos chegam ao dia fatídico. Não vou me aprofundar agora, todavia pretendo no futuro elaborar trabalhos sobre esse assunto. Por que? Porque é algo que todos nós teremos que encarar, eu quero comparar a maneira como cada sociedade encara esse tabu. Comparar os ritos, a cultura. Enfim, é algo que trás a curiosidade de saber como são ritos, luto, dor ou não, como tratam. É algo sinistro, vindo de mim, para quem me conhece, já que não tenho jeito de pessoa que gostaria de estudar algo assim, algo sombrio, que para alguns traz medo.

A morte gera o luto. O sentimento de perda. Mas será para todos? Será que todas as famílias lidam com ela assim quando perdem um entre querido? Provavelmente não. Varia de cultura para cultura. Se sociedade para sociedade. De classe social para classe social ( entenda-se classe social a grosso modo, rico e podre). De religião para religião. Quero tentar ajudar as pessoas a lidar com isso, mas nunca vou perder a sensibilidade. Jamais perderei.

Por fim, isso é só um ensaio sobre algo futuro. Ainda é muito bruto o que penso. Quero aprofundar, quero comparar, quero ajudar. Assim como Émile Durkheim escreveu sobre o suicídio, eu quero escrever algo sobre a morte e suas faces. Algo sombrio é verdade, mas tenho motivação para escrever sobre isso.